sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Amy Winehouse

Amy Jade Winehouse (Londres, 14 de setembro de 1983 — Londres, 23 de julho de 2011) foi uma cantora e compositora britânica conhecida por seu poderoso e profundo contralto vocal e sua mistura eclética de gêneros musicais, incluindo soul, jazz e R&B. Ingressou na carreira musical ainda na adolescência, apresentando-se em pequenos clubes de jazz em Londres. No fim de 1999, assinou o seu primeiro contrato com uma editora discográfica, a EMI Music, mas, após ter sido descoberta por Darcus Breeze, em 2001, assinou contrato com a Island Records.


Amy Winehouse


A sua primeira aparição no cenário musical britânico foi em 2003, com o seu álbum de estreia, Frank. O disco foi bem recebido pela crítica especialista, mas, inicialmente, não obteve sucesso comercial apesar de ter produzido quatro singles, todos sem êxito. Foi em 2006, com o lançamento do seu segundo álbum de estúdio, Back to Black, que Amy Winehouse ganhou proeminência como uma artista. Esse obteve sucesso crítico e comercial e alcançou as posições mais elevadas no ranking internacional, tendo atingido o número um em 23 países, incluindo Reino Unido, Áustria, Alemanha, Dinamarca e Irlanda, enquanto nos Estados Unidos chegou à sua posição máxima como número dois.


Desse trabalho, foram retirados seis singles, sendo "Rehab" o mais bem-sucedido. Back to Black vendeu seis milhões de cópias e foi o disco mais vendido de 2007. No ano seguinte, o álbum foi indicado em seis categorias à 50.ª edição dos Grammy Awards, das quais venceu cinco, o que fez de Winehouse a artista feminina britânica que mais foi premiada em apenas uma edição.

Considerada a desencadeadora da nova Invasão Britânica, Amy Winehouse é referida como a revolucionária da música soul pela crítica especialista. Ela é citada como influência musical por vários cantores, incluindo Adele, Duffy, Bruno Mars e Lady Gaga, e foi a intérprete que mais vendeu em nível digital no Reino Unido, em 2007, sendo posicionada no número dez na Lista dos Ricos do jornal inglês Sunday Times, com uma renda total de dez milhões de libras. Foi, ainda, eleita a "heroína suprema" dos britânicos pelo canal de televisão Sky News, com base em uma pesquisa realizada entre pessoas com menos de 25 anos de idade, em 2008, e na lista elaborada pela revista Veja, em 2009, das cantoras internacionais que mais venderam em solo brasileiro no ano anterior, ficou na primeira posição com mais de 500 mil álbuns vendidos, o que fez dela uma das recordistas de vendas no país. Ao longo de sua carreira, Winehouse vendeu um número estimado de trinta milhões de CDs e DVDs em todo o mundo, tornando-se uma das artistas que mais venderam em nível global. As suas conquistas incluem três prêmios Ivor Novello Awards e um total de seis Grammy Awards.

Capa da Rolling Stone


No entanto, apesar de bem-sucedida, a sua carreira foi muitas vezes ofuscada por seus problemas pessoais, principalmente pelo seu casamento conturbado com o ex-assistente de vídeo Blake Fielder-Civil, uma vez que as brigas do casal foram diariamente comentadas pela imprensa. Além disso, o seu envolvimento com álcool e drogas e a sua luta para superá-lo também prejudicou a sua imagem pública.

Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres, em 23 de julho de 2011. A causa da morte foi intoxicação por álcool. Após o falecimento da cantora, Back to Black tornou-se o disco mais vendido do século XXI no Reino Unido. Posteriormente, foi lançada a compilação póstuma Lioness: Hidden Treasures, que recebeu análises positivas da mídia especializada e teve um desempenho comercial favorável. Nesse mesmo ano, o periódico sueco Metro International concedeu à cantora o título de Celebridade do Ano, enquanto o canal VH1 colocou-a na 26.ª posição em sua lista das 100 Grandes Mulheres na Música, em 2012.

Infância e adolescência

Amy Winehouse nasceu em Southgate, ao norte de Londres, em 14 de setembro de 1983. O seu pai, Mitchell Winehouse, era motorista de táxi e cantor amador e a sua mãe, Janis, farmacêutica. Descendente de judeus, ela tinha um irmão mais velho, Alex Winehouse, nascido em 1979. Educou-se na escola Osidge Primary School, onde se matriculou em aulas de balé. Quando criança, costumava ouvir músicos de jazz, como Frank Sinatra, Dinah Washington e Ella Fitzgerald, que exerceram fortes influências em suas primeiras composições.


Amy  nos braços de sua mãe, Janis, seu irmão, Alex (centro),
 e o pai, Mitchell (à esquerda).


Aos cinco anos de idade.



Amy Winehouse aos seis anos de idade.


Winehouse passou boa parte de sua infância e adolescência presenciando a infidelidade conjugal do seu pai. Em entrevista a uma rede de televisão inglesa, o pai da cantora revelou que, em 1983, iniciou um caso amoroso com uma colega de trabalho, que se tornou sua esposa em 1996. Ele disse: "Amy e o seu irmão sabiam disso e presenciavam o sofrimento da mãe. Eles chamavam-na de a mulher do papai no trabalho". Os seus pais se divorciaram em 1992, depois disso Winehouse e o seu irmão ficaram sob a custódia da mãe e cresceram em Southgate.


Aos nove anos de idade, ela foi incentivada pela sua avó Cynthia a se matricular em uma escola de artes particular para promover a sua educação vocal. Ela foi então matriculada na escola Susi Earnshaw Theatre School. Aos dez anos de idade, fundou uma banda de rap amadora chamada Sweet 'n' Sour. Em 1996, conseguiu uma bolsa de estudos e começou a frequentar o colégio Sylvia Young Theatre School, mas foi expulsa após um ano por indisciplina. Aos catorze anos, ela foi matriculada na escola Brit Performing Arts and Technology School. Na mesma idade, começou a usar drogas. Aos quinze anos de idade, compôs as suas primeiras canções e começou a se apresentar em pequenos clubes de jazz em Londres.


Amy Winehouse

Em 1999, ela ingressou como vocalista de uma pequena banda local, chamada National Youth Jazz Orchestra, e gravou uma fita demo com o cantor Tyler James, que a enviou aos gerentes da agência A&R. Em seguida, a cantora assinou um contrato com a editora discográfica EMI Music, mas foi mantida em segredo da indústria fonográfica. Darcus Breeze ouviu um dos demos da cantora quando um dos seus gerentes foi lhe mostrar algumas das canções em que estava trabalhando e, acidentalmente, tocou uma das canções de Winehouse. Quando Breeze perguntou quem estava cantando, o gerente disse que não estava autorizado a responder. Após ter decidido que queria contratá-la, Breeze levou cerca de seis meses para conseguir encontrar a cantora. Apenas em 2001 ela foi convidada a fazer um teste vocacional para a Island Records e, posteriormente, assinou contrato com a gravadora, passando a produzir o seu álbum de estreia.

Frank

Em 2002, Amy Winehouse mudou-se para Camden Town, para finalizar o seu trabalho de estreia. Salaam Remi, Gordon Williams, Jimmy Hogarth e Matt Rowe participaram da elaboração do material como produtores e todas as composições foram creditadas à cantora. A sua primeira canção lançada como single, "Stronger Than Me", saiu em 6 de outubro de 2003 e debutou na 71.ª posição da tabela musical UK Singles Chart. Pouco tempo depois, em 20 de outubro, o seu álbum de estreia, intitulado Frank, foi lançado, sendo distribuído pela Island Records.

Frank debutou na 60.ª posição da parada musical UK Albums Chart. Em seguida, subiu para a 47.ª e mais tarde chegou à sua posição mais elevada, o número treze. Três meses depois, Winehouse liberou o seu segundo single, "Take the Box", que obteve a 57.ª posição da parada nacional. Mais tarde, o álbum acabou por ser certificado com disco de ouro pela Indústria Fonográfica Britânica, por ter vendido cem mil cópias no Reino Unido. O seu terceiro single, o duplo "In My Bed"/"You Sent Me Flying", foi lançado em abril de 2004 e alcançou o número 60 na tabela musical, enquanto a sua última música lançada como single, "Pumps"/"Help Yourself", debutou na 65.ª posição. Nos Estados Unidos, o álbum foi lançado apenas em 20 de novembro de 2007 através da editora discográfica Universal Music Group. A obra vendeu 307 mil cópias e alcançou a 61.ª posição da parada de álbuns do país, a Billboard 200.


Capa do primeiro disco intitulado 'Frank'.


O disco recebeu comentários favoráveis da crítica contemporânea, conseguindo 78 pontos numa escala de 100 com a agregação de críticos do portal Metacritic, mas não obteve destaque comercial e vendeu apenas trezentas mil cópias no Reino Unido em 2004. Porém, foi certificado com dois discos de platina em 2007, por vendas superiores a seiscentas mil cópias, e com mais três em dezembro do ano seguinte, totalizando novecentas mil cópias distribuídas em solo britânico. Vendeu ainda dois milhões de unidades na Europa, ganhando duas certificações de platina da Federação Internacional da Indústria Fonográfica, e mais de três milhões em todo o mundo.

No ano de 2004, a cantora recebeu duas indicações ao prêmio BRIT Awards nas categorias Artista Solo Feminina Britânica e Ato Urbano. Além disso, venceu um prêmio Ivor Novello Awards com a canção "Stronger Than Me", enquanto Frank foi incluído no livro de referência musical 1001 Albums You Must Hear Before You Die (2005) e recebeu uma indicação ao Mercury Prize Awards de Álbum do Ano. Após finalizar os seus projetos com o álbum, ela desapareceu da atenção da imprensa e ficou cerca de dezoito meses sem realizar nenhum empreendimento musical.

 Back to Black

Amy Winehouse voltou à atenção da imprensa britânica em 2006, devido à sua drástica perda de peso e ao seu consumo excessivo de álcool e drogas. Nesse período, ela também chamou atenção para a sua imagem, que ficou caracterizada pela sua maquiagem e por um penteado inspirado pela moda das décadas de 1950 e 1960. Além disso, o seu relacionamento conturbado com o então assistente de vídeo Blake Fielder-Civil foi muitas vezes comentado nos tabloides. Resultante dessa relação, Back to Black foi lançado como o segundo álbum de estúdio da cantora. As canções incluídas nesse trabalho foram fortemente influenciadas pela música soul da década de 1960, pelo R&B contemporâneo e o ska. Ademais, descreviam a sua vida pessoal. Mark Ronson e Salaam Remi são citados nas notas da obra como produtores, enquanto as composições ficaram a cargo de Amy Winehouse, Paul O'Duffy, Richard e Robert Poindexter, Nick Ashford e Valerie Simpson.


Capa do 'Back to Black'.


A divulgação da obra começou no site oficial da cantora em setembro de 2006, com o anúncio do lançamento de seu novo álbum e do single de avanço "Rehab". Liberada em 23 de outubro, a canção foi bem elogiada pelos críticos de música contemporânea, que deram ênfase ao seu etilo Motown e à sua letra autobiográfica. O single fez a sua estreia na 19.ª colocação da UK Singles Chart, chegando à sua posição mais elevada como número sete, atingindo o primeiro lugar na Hungria e Noruega. Passada uma semana, Back to Black também foi liberado, recebendo análises positivas dos críticos musicais. Comercialmente, o disco também foi bem recebido, tendo vendido 43 mil cópias na sua primeira semana de distribuição, o que resultou na sua entrada na terceira posição da parada de álbuns do Reino Unido, a UK Albums Chart, na edição de 5 de novembro, alcançando a primeira posição após onze semanas na tabela. Dando continuidade à divulgação do disco, a cantora lançou o seu segundo single, "You Know I'm No Good", que obteve a 18.ª posição da tabela nacional e a primeira nas rádios da Polônia.

Em 13 de março de 2007, Back to Black foi lançado nos Estados Unidos através da editora discográfica Universal Music Group. Estreou na sétima posição da parada oficial do país, a Billboard 200, com mais de 51 mil cópias vendidas na sua primeira semana, estabelecendo o recorde de maior estreia alcançada por uma artista feminina britânica na época, e chegou à sua posição máxima como número dois, recebendo, dois meses depois, o certificado de ouro da Associação da Indústria de Gravação da América, que lhe atribuiu mais tarde dois discos de platina.


Amy Winehouse, melhor cantora contemporânea de 2007, Londres.


Após a sua chegada no Estados Unidos, Winehouse deu início à divulgação dos seus singles nas rádios norte-americanas e, ainda em março, fez a sua primeira aparição em uma rede de televisão estadunidense no programa Late Show, da CBS, fazendo a sua estreia nos palcos no festival Joe's Pub, em Nova York. Além disso, foi convidada musical na cerimônia MTV Movie Awards de 2007, na Califórnia, cuja performance obteve críticas positivas por parte dos analistas e do público.


Prêmio MTV Movie Awards


Aproximadamente um mês depois, ela liberou como terceiro single a faixa homônima, que teve como melhor posição o número 25 na tabela britânica, ficando no pódio das paradas da Grécia e Polônia. Nas paradas dos Estados Unidos, "Rehab" chegou à 9.ª posição na Billboard Hot 100, à 13.ª na Pop Songs, à 14.ª na Adult Pop Songs e à 7.ª posição na Radio Songs, sendo certificada com platina por ter vendido mais de 1.700 milhões de downloads. Além de "Rehab", a sua única canção que conseguiu entrar na tabela musical do país foi "You Know I'm No Good", posicionada no número 77 no Hot 100 da Billboard. Como quarta faixa do álbum, a intérprete lançou a canção "Tears Dry on Their Own", atingindo o número dezesseis no Reino Unido.

Back to Black chegou à liderança nos mercados musicais de 23 países, incluindo Áustria, Espanha, Portugal e França. Alcançou ainda os dez primeiros lugares das paradas musicais de outros doze países. No Brasil, o disco chegou à segunda colocação e recebeu o certificado de diamante da Associação Brasileira dos Produtores de Discos por mais de 250 mil unidades vendidas.

Em função de promover o disco, a cantora embarcou em sua primeira digressão musical pela Europa e América, com a banda The Dap-Kings, apresentando-se em festivais como Eurockéennes, Glastonbury, V Festival, Lollapalooza e Coachella, mas muitos dos seus concertos foram prejudicados pelo seu envolvimento com álcool e drogas, sendo parte da turnê pela América do Norte cancelada devido aos seus problemas de saúde.

Em 5 de novembro de 2007, ela lançou Back to Black: Deluxe Edition, reedição que apresenta o disco de estúdio original, oito faixas novas e gravações demos. Simultaneamente com a versão deluxe, a artista lançou o seu primeiro DVD, I Told You I Was Trouble: Live in London, que atingiu a primeira posição nos Países Baixos. A sua primeira canção lançada como single da versão especial foi "Valerie", que conseguiu alcançar a segunda posição da UK Singles Chart,89 recebendo mais tarde uma indicação ao BRIT Awards na categoria Melhor single Britânico. A segunda, "Cupid", chegou à 49.ª posição na Suíça. Como o seu último lançamento do ano da versão-padrão, Amy Winehouse liberou "Love is a Losing Game", que chegou à 46.ª posição na tabela musical.


Deluxe Edition


No final de 2007, Back to Black foi condecorado com seis discos de platina no Reino Unido por um total de dois milhões de cópias distribuídas em território britânico, tornando-se o disco mais vendido do ano. Também ficou entre os dez discos mais comercializados do ano na Finlândia, Bélgica, Irlanda, Dinamarca e França. Nos Estados Unidos, foi o 24.º álbum mais vendido do país com mais de 1.500 milhões de unidades vendidas.


Back To Black clip.


No ano de 2008, Amy Winehouse participou da 50.ª edição dos Grammy Awards, onde venceu cinco das seis categorias em que estava concorrendo: Canção do Ano, Gravação do Ano, Melhor Performance Vocal Pop Feminina, Artista Revelação e Melhor Álbum Vocal Pop. Por esse feito, a cantora entrou para o livro The Guinness Book of World Records como a artista feminina britânica que mais foi premiada em apenas uma edição dos Grammy Awards.

Back to Black obteve um bom desempenho comercial. Foi o álbum mais vendido do mundo em 2007, com um total de seis milhões de cópias comercializadas, e o segundo mais vendido de 2008, com outras 5.100 milhões. No Reino Unido, foi o disco mais vendido de 2007, o terceiro mais vendido da década de 2000 e atualmente encontra-se na 11.ª posição na lista dos álbuns mais vendidos da história do país.100 Em agosto de 2011, Back to Black tornou-se o disco mais vendido do século XXI, com mais de mais de 3.300 milhões de cópias distribuídas, passando a ocupar em dezembro o segundo lugar, atrás apenas de 21 da inglesa Adele. Na Europa, as suas vendas ultrapassam a marca de oito milhões de unidades, enquanto nos Estados Unidos chegam a mais de 2.700 milhões, segundo o sistema de informação Nielsen SoundScan. Mundialmente, a obra havia vendido mais de vinte milhões de cópias até 2012, o que o fez entrar para a lista dos álbuns mais vendidos do mundo.


Morte

Por volta das 15h54min de 23 de julho de 2011 (horário de verão britânico, UTC+1), duas ambulâncias foram chamadas para a casa de Winehouse em Camden, Londres, devido a um telefonema à polícia britânica para atender uma mulher desfalecida.

Pouco tempo depois, as autoridades metropolitanas haviam confirmado a morte da cantora. Posteriormente, foi aberta uma investigação a fim de determinar a causa da morte de Amy Winehouse, porém os primeiros resultados não foram conclusivos e uma análise toxicológica foi necessária. Apenas em 26 de outubro do mesmo ano, os relatórios finais puderam indicar que a causa da morte decorreu de um consumo abusivo de álcool após um período de abstinência, que mantivera até o dia 22 do mesmo mês. Suzanne Greenaway, médica legista, disse que a quantidade de álcool encontrado no sangue da artista era de 4,16 g/L, cinco vezes maior que o suportável.


Os pais de Amy choram a morte da cantora.

No dia da morte, a editora discográfica Universal Music Group emitiu um comunicado expressando seu pesar pela morte inesperada da cantora. Além disso, artistas como U2, Lady Gaga, Nicki Minaj, Bruno Mars, Rihanna, George Michael, Adele, Kelly Clarkson e Courtney Love fizeram tributos a Amy Winehouse. Diversos fãs também prestaram homenagens a ela, deixando garrafas de bebidas alcoólicas, taças, cigarros e diversas fotos da cantora em frente à sua casa em Camden Town. A sua morte também trouxe de volta os seus materiais discográficos aos rankings ao redor do mundo.


Homenagem dos fãs.

A cerimônia fúnebre ocorreu no dia 26 de julho de 2011, terça-feira, no cemitério Edgwarebury, em Londres. A família e os amigos mais íntimos de Winehouse, além de algumas celebridades, como Mark Ronson, Kelly Osbourne e Bryan Adams, participaram da cerimônia, que seguiu os preceitos da religião judaica. O corpo da artista foi cremado e suas cinzas foram misturadas com as de sua avó, Cynthia. Com a conclusão do funeral, os seus pais declararam sua intenção de criar uma fundação para ajudar jovens viciados em drogas.

Em 17 de dezembro de 2012, as autoridades britânicas decidiram reabrir o inquérito para confirmar a causa da morte de Amy Winehouse e, apenas em 8 de janeiro de 2013, os relatórios confirmaram que a cantora morreu devido a uma intoxicação alcoólica.

Influências

As principais influências musicais de Amy Winehouse eram cantores de soul e jazz das décadas de 1940 e 1960, como Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan. Porém, alguns artistas de música gospel, como Mahalia Jackson e Aretha Franklin, também exerceram certa influência na artista. Durante a sua infância, a inglesa costumava ouvir músicos como Dinah Washington, Billie Holiday e Frank Sinatra, que exerceram fortes influências nas composições e estilo musical do seu álbum de estreia, Frank, incorporando em suas canções elementos de jazz e R&B.


Billie Holiday, uma das maiores influências da Amy.


No entanto, durante o desenvolvimento do seu segundo álbum de estúdio, Back to Black, Winehouse citou como principais influências os grupos femininos dos anos 1950 e 1960, comentando: "Andara escutando um monte de grupos femininos dos anos 1950 e 1960. Gostava da simplicidade deles. Vão direto ao assunto. Então comecei a pensar em escrever canções daquela maneira". A principal dessas bandas foi The Shangri-Las, a qual ela citou como sua inspiração. Numa entrevista dada pela cantora à emissora de televisão BBC Music, gravada no festival Other Voices, na Irlanda, ela revelou que a sua canção preferida das garotas era "I Can Never Go Home Anymore". "Quando eu e o meu namorado terminamos, eu passei a ouvir aquela canção repetidamente enquanto estava sentada no chão da minha cozinha com uma garrafa de Jack Daniels", disse ela. Outro grupo que exerceu influência notável na artista foi The Ronettes, já que o penteado usado por ela nesse período, chamado beehive, foi inspirado no mesmo que as garotas usavam na época.


The Shangri-las, outra grande influência.

Além desses artistas, ela também teve como influência os seguintes cantores e bandas: Marvin Gaye, The Specials, Ray Charles, Donny Hathaway, The Shirelles, The Zutons, Salt-n-Pepa, TLC e Sam Cooke.

Ao longo da sua carreira, Amy Winehouse também influenciou alguns artistas. A cantora galesa Duffy citou-a como uma de suas influências musicais e foi comparada a ela devido à semelhança do estilo musical das duas cantoras. O mesmo ocorreu com a britânica Adele que, além de ser denominada pela imprensa como A Nova Amy Winehouse, revelou que Winehouse é a sua inspiração. A também britânica Paloma Faith e a australiana Gabriella Cilmi também são comparadas à cantora por terem voz, visual e estilo musical influenciados por ela, porém esta última revelou não gostar dessas comparações devido à diferença das duas intérpretes. Ela também influenciou a cantora norte-americana Lady Gaga, que comentou: "Amy mudou a música pop para sempre. Terei para sempre um amor muito profundo por ela".

Outros artistas influenciados pela cantora são: Lily Allen, Florence Welch, Dionne Bromfield, Caro Emerald, Jesuton, Nina Zilli e Rebecca Ferguson.

Em 2010, o rapper Jay-Z disse em entrevista à rádio BBC que Amy Winehouse revigorou o cenário musical britânico, afirmando: "Há uma forte pressão vinda de Londres neste momento, o que é ótimo. Ela existe desde a época da Amy Winehouse, acho. Quer dizer, desde sempre mas eu acho que este novo ímpeto teria sido provocado por ela". Charles Aaron, editor da revista norte-americana Spin, comentando a influência exercida pela cantora sobre Adele, Corinne Bailey Rae, Eliza Doolittle, dentre outras artistas femininas britânicas, escreveu: "Amy Winehouse foi o momento Nirvana para toda estas mulheres. Todas fazem referência a ela [a Amy Winehouse] em termos de atitude, estilo musical ou moda". Jim Faber, numa matéria publicada pelo jornal americano New York Daily News, disse que Winehouse foi a desencadeadora da nova invasão britânica. Em 2011, Adrian Thrills, do jornal britânico Daily Mail, disse: "Sem a Amy não haveria Adele, Duffy e nem Lady Gaga", completando: "Mesmo agora, numa época em que o pop feminino domina as tabelas musicais, como Adele, Beyoncé, Katy Perry e Gaga, nada se aproxima da força emocional de Back to Black".

Amy Winehouse foi sem dúvidas uma das maiores revelações desta época, com seu jeito autêntico de ser e sua rebeldia aliadas às suas boas influências musicais, Amy conseguiu conquistar o público e críticos de todo o mundo.

Fiquem agora com o clipe de "Tears Dry On Their Own":



Artigo retirado do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Amy_Winehouse