sexta-feira, 19 de abril de 2013

Bidu Sayão

Balduína de Oliveira Sayão, mais conhecida como Bidu Sayão, (Itaguaí, 11 de maio de 1902 — Rockport, Maine, 13 de março de 1999) foi uma célebre intérprete lírica brasileira.

Biografia

Bidu Sayão começou estudando canto com Elena Teodorini, uma romena que então vivia no Brasil. Elena a levou para a Romênia, onde continuou seus estudos. Mais tarde, foi para Nice, na França, onde foi aluna de Jean de Reszke, um tenor polonês que a ajudou a consolidar sua técnica vocal. Bidu estreou em 1926 no Teatro Costanzi de Roma, no papel de Rosina em O Barbeiro de Sevilha, de Rossini. Sua estreia no Metropolitan Opera House de Nova Iorque se deu em 1937 no papel de Manon na ópera de Massenet.



Bidu Sayão


Foi parte do elenco do Metropolitan durante muitos anos. Arturo Toscanini era seu admirador, referindo-se a ela como la piccola brasiliana (traduzido do italiano, significa "a pequena brasileira"). Em fevereiro de 1938, cantou para o casal Roosevelt na Casa Branca. Roosevelt lhe ofereceu a cidadania estadunidense, mas ela recusou. De acordo com ela mesma, "no Brasil eu nasci e no Brasil morrerei". Entretanto, ela morreu de pneumonia nos Estados Unidos em 1999, antes de completar 97 anos, sem realizar um de seus desejos: rever a Baía de Guanabara.

Havia uma viagem agendada para este propósito no ano de seu centenário, mas a soprano faleceu antes disso. Ao morrer, morava na cidade de Lincolnsville, no estado americano do Maine, onde residiu grande parte de sua vida.

Decepção

Consta que Bidu Sayão se apresentou pela última vez no Rio de Janeiro em 1937, bem antes do término de sua carreira, porque ali foi vaiada durante a apresentação ao cantar Pelléas et Mélisande no Municipal do Rio. Diz-se que a vaia teria sido organizada pela claque da meio-soprano Gabriella Besanzoni Lage, cujo sucesso na Carmen eles não desejavam que fosse empanado pela carioca que vinha dos Estados Unidos coberta de louros. Entretanto neste mesmo ano, 1937, arrebatou a platéia do Metropolitan de Nova Iorque com a sua interpretação da Manon de Jules Massenet. A amargura talvez só tenha sido abrandada na comovente homenagem que no Brasil recebeu em 1995.


Bidu Sayão

Graça e delicadeza

Além da baixa estatura, Bidu Sayão tinha uma voz que a tornava mais adequada para os papéis femininos mais delicados e graciosos. Entre os papéis nos quais ela mais se destacou, podemos mencionar Mimì em La Bohème de Puccini, Susanna em As Bodas de Fígaro de Mozart, Zerlina em Don Giovanni, Violetta em La Traviata de Verdi, Gilda em Rigoletto, Zerbinetta em Ariadne auf Naxos de Richard Strauss, e os papéis femininos principais em Roméo et Juliette de Gounod e Pelléas et Mélisande, a única ópera de Debussy.
 
 
BIDU SAYÃO - O MIO BABBINO CARO


Homenagem popular

Bidu Sayão foi homenageada pela escola de Samba G.R.E.S. Beija-flor de Nilópolis em 1995. Ela veio no último carro alegórico, O Cisne Negro, sentada num trono cuidadosamente preparado para ela.


Bidu Sayão


Artigo publicado pelo site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bidu_Say%C3%A3o

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Montserrat Caballe

Maria de Montserrat Viviana Concepción Caballé i Folc mais conhecida como Montserrat Caballé (Barcelona, 12 de abril de 1933) é uma famosa cantora lírica espanhola com voz de soprano.

Biografia

De origem humilde, necessitou de grandes esforços para concluir seu curso de canto no Conservatório Superior de Liceu e completar logo seus estudos com Eugênia Kemeny e Conchita Badía.
 
 Montserrat Caballe ainda criança

Carreira artística

O início de sua carreira foi também muito modesto até que decidiu ir para Suíça, de onde fez parte da Ópera de Basileia entre 1957 e 1959, estreou com um repertório pouco frequente para as cantoras espanholas, que incluía Mozart e Strauss, o que serviu para sua seguinte etapa profissional na companhia permanente da Ópera de Bremen (1959-1962).
 
Montserrat Caballe

 Mas sua verdadeira estreia mundial se deu na noite de 20 de abril de 1965 no Carneggie Hall, quando teve que substituir imprevisivelmente a Marilyn Horne na ópera Lucrezia Borgia de Donizetti: sua actuação lhe rendeu 25 minutos de aplausos ao término de uma representação e um dos mais importantes críticos nova-iorquinos titulou ao dia seguinte "Callas + Tebaldi = Caballé". A partir desse momento, Caballé ficou conhecida como uma das grandes divas da ópera mundial a fama lhe gerou vários anos de teatros lotados para assistir suas apresentações. Hoje tem em discos uma variedade enorme em estilo e repertório que estão em mais de 130 gravações, abrangendo papéis tão díspares quanto a Salome de Richard Strauss, Fiordiligi da ópera Così fan tutte de Mozart, Norma de Bellini e Mimì da ópera La Bohème de Puccini. Em 1988 junto com Freddie Mercury, do grupo de rock britânico Queen, grava o álbum Barcelona, considerado um mito na união de uma cantora de ópera com um cantor de rock, sendo considerado um dos melhores trabalhos de ambos, logo após, saíram numa pequena turnê que foi registrada em vídeo em Ibiza. Em 1992 cantou na abertura dos jogos olímpicos de Barcelona, sem a presença de Freddie Mercury, que faleceu no ano anterior ao evento, mas ela fez um dueto virtual com este, fato que a emocionou muito. Este dueto virtual se repetiu em 1999, antes da final da UEFA Champions League, entre Manchester United e Bayern de Munique, que foi vencida pela equipe inglesa de Manchester. Ela fez um tributo ao Freddie Mercury cantando Bohemian Rhapsody junto a outro grande vocalista de heavy metal, Bruce Dickinson, vocalista da banda Iron Maiden, considerado por muitos como um dos melhores vocalistas de todos os tempos. Essa versão é uma versão mais operística, por parte de Montserrat, e forte, por causa de Dickinson, que interpretou muito bem a música. Esse tributo pode ser encontrado no álbum "Montserrat Friends for Life". Atualmente vive em Barcelona, sua cidade.
 
 
Freddie Mercury and Monserrat Caballe - How Can I Go On Live

Curiosidades
 
Na familia dela há 3 Monserrat: ela mesma; a filha dela, chamada Monsita; e a filha caçula do irmão Carlos, chamada Montse.
 
Montserrat fala perfeitamente Castelhano e Catalão como Línguas maternas e também Alemão, Francês, Inglês, Português e Italiano.
 
Artigo publicado pelo site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Montserrat_Caball%C3%A9


Leontyne Price

Mary Violet Leontyne Price (10 de Fevereiro de 1927) é uma soprano estadunidense. Ela foi muito conhecida por causa da personagem-título Aida, de Verdi . Sua fama começou nas décadas de 1950 e 1960 e foi a primeira afro-estadunidense a se tornar a prima donna no Metropolitan Opera, em Nova Iorque.

A voz de Price foi conhecida pelos brilhantes registros superiores, médios e baixo, fluidos fraseas e uma vasta dinâmica. Ela é uma soprano lírico spinto, ótimas para os papéis das obras de Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini, como para óperas de Mozart.


Leontyne Price em 1951

Após se retirar de óperas, em 1985, ela realizou muitos recitais, por doze anos.

Ela também foi condecorada com muitas honras, como a Medalha Presidencial da Liberdade (Presidential Medal of Freedom) em 1965, o Centro de Honras Kennedy (Kennedy Center Honors) em 1985, numerosas graduações honorárias e dezenove Grammys.

Vida e carreira

Leontyne Price nasceu em um bairro negro de Laurel, Mississippi. Seu pai trabalhou em uma fábrica de madeira e sua mãe era uma parteira que cantou no coro da igrega. Eles esperaram treze anos por uma criança e Leontyne se tornou o foco de intenso amor e orgulho. Ela ganhou um piano de brinquedo aos três anos e teve aulas de piano com um professor local.

Nos seus treze anos, Price entrou para o segundo coral da Igreja Metodista St. Paul enquanto cantava no coro negro da escola.

Price teve uma educação musical em um programa de apenas membros negros no Wilberforce College em Wilberforce, Ohio. Ela teve muito sucessos em clubes, onde cantava solo e foi encorajada a continuar seus estudos de voz. Com a ajuda de Chisholm e do famoso baixo Paul Robeson, quem fez um concerto beneficente por ela, ela entrou na Escola Juilliard em Nova Iorque, onde estudou com Florence Page Kimball.
Leontyne Price 

Sua primeira performance importante aconteceu em 1952 em uma produção estudantil de Falstaff, de Verdi. Depois dessa apresentação, Virgil Thomson a contradou para sua ópera totalmente negra Four Saints in Three Acts. Depois de duas semanas na Broadway, Saints foi para Paris. Em Paris, ela foi chamada para fazer a personagem Bess de Porgy and Bess, uma obra de George Gershwin e retornou para os Estados Unidos para uma turnê. A turnê visitou Chicago, Pittsburgh e Washington. Visitou também Viena, Berlim, Londres e Paris. A companhia retornou para Nova Iorque, no Theater Ziegfield da Broadway.

Enquanto fazia sua turnê europeia, Price casou-se com o interprete de Porgy, o notável baixo-barítono William Warfield na Abyssinian Baptist Church em Harlem, com algumas pessoas da produção como testemunhas. Este casamento durou até 1967, quando eles se separaram. E divorciaram-se no ano de 1973, não tendo nenhum filho.

Primeiramente, Price planejou ter uma carreira baseada em recitais, como faziam Marian Anderson (contralto), Roland Hayes (tenor) e seu ex-marido Warfield e outro cantores de concerto negros. Ocasionalmente ela começou a ganhar novos trabalhos de compositores estadunidenses, incluindo Lou Harrison, John La Montaine e Samuel Barber.

Como Bess, ela mostrou que tinha talento e instinto para a carreira operística e o Metropolitan Opera House confirmou isso, convidando-a para cantar Summertime no Met Jamboree, em 6 de Abril de 1953 na Broadway. Price foi a primeira afro-estadunidense a cantar com o Met, se não a primeira a cantar no Met.

Em Novembro de 1954, Price fez sua estréia no Town Hall em Nova Iorque, com um programa que continha a estréia Nova Iorquina de Hermit Song, de Samuel Barber, com o próprio compositor no piano. Em 1955 ela cantou o papel-título, Tosca, de Puccini para a NBC-TV Opera, com o diretor musical Peter Herman Adler e tornou-se a primeira negra a aparecer em uma ópera televisionada, mostrando um estilo jovem natural, uma ótima pronuncia e uma fácil e brilhantes notas altas.

Na mesma primavera, no Carnegie Hall, ela foi audicionada pelo maestro Herbert von Karajan. Ele acabou declarando "Uma artista do futuro", ele o convidou para cantar Salome, no La Scala, convite que ela recusou. Em 1956 e 1957, Price fez recitais nos Estados Unidos, Índia e Austrália.

Sua estréia em uma casa de ópera foi em São Francisco em 20 de Setembro de 1957, como Madame Lidoine, na estréia estadunidense de Dialogues des Carmélites, de Francis Poulenc. Poucas semanas depois, quando a soprano italiana Antonietta Stella sofreu de apendicíte, Price foi chamada para cantar Aida (papel que a imortalizou). No ano seguinte ela foi convidada, novamente, por Karajan, desta vez para fazer sua estréia européia, cantando Aida na Ópera do Estado de Viena (Vienna Staatsoper) em 24 de Maio de 1958. No ano seguinte ela retornou a Viena, novamente com Aida, mas desta vez, cantando também na obra Die Zauberflöte, de Mozart.

Na década seguinte, Karajan conduziu Price em alguns das suas melhores performances. Em casas de óperas foram Don Giovanni de Mozart, Il Trovatore de Verdi e Tosca de Puccini. Em salas de concerto foram: Missa de Bach, Missa Solemnis de Beethoven, Te Deum de Bruckner e Requiem de Verdi e Mozart. Em estúdio foram Tosca, A Christmass Offering e Carmen, de Bizet.

Em 1958, Price apareceu como Aida na sua estréia no Royal Opera House, Convent Garden e na Arena de Verona. No dia 21 de Maio de 1960 ela apareceu no La Scala, novamente com Aida. Foi a primeira afroestadunidense a ter um papel principal em uma companhia de ópera italiana. (Mattiwilda Dobbs cantou no La Scala em 1953, mas como seconda donna no papel de Elvira, em L'italiana in Algeri de Rossini).
 Leontyne Price "O patria mia" 1962
Carreira no Met

Depois de ouvir a performance de Il Trovatore em 1959 em Verona, Sir Rudolf Bing ofereceu outra chance dela se apresentar no Metropolitan. No dia 27 de Janeiro de 1961 Price se apresentou no Met com Franco Corelli, em Il Trovatore, de Verdi.

A performance foi um sucesso, tendo uma ovação de quarenta e dois minutos, certamente uma das mais longas da história do Met.

Nas próximas semanas, Price cantou quatro outros papéis de mesmo sucesso: Aida, Cio-Cio-San de Madama Butterfly (Puccini), Donna Anna de Don Giovanni (Mozart) e Liù de Turandot (Puccini). Foram sucessos, e ela apareceu na revista Time, com o título "Cantora do Ano".

Leontyne Price foi uma das cinco afroestadunidenses a cantar no Met. Em 1964, de acordo com os arquivos do Met, Price foi paga com US$2.750 por performance, como Joan Sutherland, Maria Callas e Renata Tebaldi. (A única que que recebeu mais foi Birgit Nilsson, que ganhava US$3.000 por performance).

Em setembro de 1961 ea abriu a temporada do Met como Minnie em La Fanciulla del West. A segunda performance foi terrível, Price sofreu de uma rara crise vocal: ela perdeu sua voz e teve que falar suas falas até o fim da cena. Soprano Dorothy Kirsten foi chamada para cantar o terceiro ato. Os jornais reportaram que Price teve um vírus, mas Price disse que foi por causa da pressão psicológica, do tamanho sucesso em pouco tempo. Depois disso ela cancelou suas apresentações por três meses, e descançou em Roma. Na primavera seguinte, ela retornou ao Met cantando Tosca.

Na década de 1960 ela cantou sete outro papéis no Met, que são eles em ordem cronológica: Elvira da ópera Ernani (Verdi); Pamina de Die Zauberflöte (Mozart); Fiordiligi de Così fan Tutte (Mozart); Tatyana de Eugene Onegin (Tchaikovsky); Cleopatra de Antony and Cleopatra (Barber); Amelia de Un Ballo in Maschera (Verdi) e Leonora de La Forza del Destino (Verdi).

No fim da década de 1960, Price voltou a fazer recitais e concertos. ela estava cansada e frustrada com o número e a qualidade das novas produções no Met.

Depois de 1970, ela adicionou três personagem ao seu repertório, todos com sucesso limitado: Giorgetta de Il Tabarro (Puccini), Manon Lescaut (Puccini) e Ariadne de Ariadne auf Naxos (Richard Strauss). Em Janeiro de 1973 ela cantou "Onward, Christian Soldiers" no funeral federal do Presidente Lyndon Johnson. Em outubro, ela retornou ao Met em Madama Butterfly, cantando a personagem pela primeira vez na década e recebendo meia hora de ovação. Em 1976 ela interpretou Aida em uma nova performance, com James McCracken como Radamés e Marilyn Horne como Amneris, conduzido por John Dexter. No próximo ano, Karajan conduziu Price no Requiem de Brahms com a Filarmônica de Berlim no Carnegie Hall e Il Trovatore em Salzburgo e Viena.

Em 1977, Prince cantou sua última personagem, Ariadne de Strauss, em São Francisco. No Met, em 1979, quando iria se apresentar na mesma ópera, ela teve que cancelar pois sofreu de um virús infeccioso.

Ela teve um último triunfo em 1981 em São Francisco, quando ela substituiu a soprano Margaret Price como Aida, uma performance que ela não fazia desde 1976. Segundo o colunista Herbert Caen, ela inssistiu em receber US$1 a mais que o tenor, Luciano Pavarotti. Isto poderia ter acontecido, a tornando a cantora de ópera mais bem paga da história.

Aposentadoria das óperas

Price se aposentou das óperas oficialmente em 3 de Janeiro de 1985 em Aida, em uma transmissão televisionada do Met. PBS considerou isso, em 2007, o primeiro grande momento em trinta anos do Met televisionado.

Em 24 anos, Price fez 201 performances no Metropolitan Opera em 16 óperas distintas, na casa e em turnês, incluidos galas. (Ela se absteve em três temporadas, 1970-1971, 1977-1978 e 1980-1981 e cantou somente nas galas nos anos de 1972, 1973, 1979, 1980, 1982 e 1983.

Nos próximos doze anos, ela se apresentou em concertos e recitais. Seus recitais continham mélodies francesas, lieder alemão, spirituals, um ou duas árias e um grupo de músicas estadunidenses de Ned Rorem e lee Hoiby. Ela fez recitais em Viena, Hamburgo, Paris, Lucerne e também no Festival de Salzburg, nos anos de 1975, 1977, 1978, 1980, 1981 e 1984).

A voz de Price se tornou pesada e escura, mas ainda com registros altos. No dia 19 de Novembro de 1997, com seus setenta anos, ela cantou na Universidade da Carolina do Norte, no Chapel Hill em um recital.

No outubro de 2001, com setenta e quatro anos, ela cantou um concerto em memoria aos ataques de 11 de Setemrbo no Carnegie Hall. Com James Levine no piano, ela cantou sua favorita spiritual "This Little Light of Mine" seguida de "God Bless America".

Atualmente, Leontyne Price vive em Geenwich Village, em Nova Iorque.

Artigo publicado pelo site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leontyne_Price

Maria Callas

Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 — Paris, 16 de setembro de 1977) foi uma cantora lírica americana de ascendência grega, considerada a maior celebridade da Ópera no século XX e a maior soprano e cantora de todos os tempos. Apesar de também famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de atuação nas produções operísticas, à raridade e distintividade de seu tipo de voz e ao resgate de óperas há muito esquecidas do bel canto, estreladas por ela.

Maria Callas

Biografia

Nascida Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoulou (em grego Μαρία Καικιλία Σοφία Άννα Καλογεροπούλου), Callas era filha de imigrantes gregos e, devido a dificuldades econômicas, teve que regressar à Grécia com sua mãe em 1937. Estudou canto no Conservatório de Atenas, com a soprano coloratura Elvira de Hidalgo.

Existem diferentes versões sobre sua estreia. Alguns situam-na em 1937, como Santuzza em uma montagem estudantil da Cavalleria Rusticana, de Mascagni; outros, à Tosca (Puccini) de 1941, na Ópera de Atenas. De todo modo, seu primeiro papel na Itália teve lugar em 1947, na Arena de Verona, com a ópera La Gioconda, de Ponchielli, sob a direção de Tullio Serafin, que logo se tornaria seu "mentor".


Callas começou a despontar no cenário lírico em 1948, com uma interpretação bastante notável para a protagonista da ópera Norma, de Bellini, em Florença. Todavia, sua carreira só viria a projetar-se em escala mundial no ano seguinte, quando a cantora surpreendeu crítica e público ao alternar, na mesma semana, récitas de I Puritani, de Bellini, e Die Walküre, de Wagner. Ela preparara o papel de Elvira para a primeira ópera em apenas dois dias, a convite de Serafin, para substituir quem realmente faria aquele papel. Para se ter ideia do seu feito, é o mesmo que pedir para Birgit Nilsson, famosa soprano dramático para cantar Violetta em La Traviata, e como Callas não teve tempo para aprender o libretto completo, apenas a música, tanto que o ponto lhe soprou o texto.


Maria Callas interpreta Violetta em la traviata

A partir dos anos 1950, Callas começou a apresentar-se regularmente nas mais importantes casas de espetáculo dedicadas à ópera, tais como La Scala, Covent Garden e Metropolitan. São os anos áureos, e ao passo de sua fama como cantora internacional, também vai sua fama de tigresa, muitas vezes considerada temperamental pelo seu perfeccionismo. Famosa foi sua rivalidade com Renata Tebaldi e as brigas públicas, através de declarações para jornais, várias vezes lhe renderam a primeira página, assim como seus triunfos operísticos. Era uma figura extremamente pública e contribuiu para reacender o estrelismo do gênero ópera e de seus intérpretes. Alguns críticos inclusive afirmam que até nas gravadoras havia uma divisão, para acirrar as disputas entre Callas e Tebaldi, e para influenciar as comparações entre gravações feitas por Tebaldi ao lado do tenor Del Monaco, e Callas ao lado de Di Stefano. Sua voz começou a apresentar sinais de declínio no final dessa década, e a cantora diminuiu consideravelmente suas participações em montagens de óperas completas, limitando sua carreira a recitais e noites de gala e terminando por abandonar os palcos em 1965. Seu abandono deveu-se em grande parte ao desequilíbrio emocional da cantora, que ao conhecer o magnata grego Aristóteles Onassis, dedica-se integralmente ao seu amado, afirmando ter começado ali sua vida de verdade. Foi quando ela parou de ensaiar, adiou e cancelou apresentações, se tornou figura constante em noites de festa, bebendo inclusive, coisas que contribuíram para o declínio de sua voz e o fim da carreira. Em 1964, encorajada pelo cineasta italiano Franco Zefirelli, volta aos palcos em sua maior criação, Tosca, no Convent Garden, tendo como seu parceiro o amigo de longa data Tito Gobbi. Essa Tosca se encontra disponível em DVD (apenas o segundo ato) e em CD (completa) e entrou para a história do mundo operístico. Sua última apresentação em uma ópera completa foi como Norma e Paris, 1965, e devido à sua saúde vocal debilitada não aguentou ir até o fim, desmaiando ao cair da cortina no fim da terceira parte.

No início dos anos 1970, passou a dedicar-se ao ensino de música na Juilliard School. Em 1974, entretanto, retornou aos palcos para realizar uma série de concertos pela Europa, Estados Unidos e Extremo Oriente ao lado do tenor Giuseppe di Stefano. Sucesso de público, o programa foi todavia massacrado pela crítica especializada. A voz já não era a mesma, mas o que mantinha o público firme nas apresentações era o amor. Sua atuação foi prejudicada, pois uma vez que tinha que fazer muito mais esforço para manter a afinação, a entrega à interpretação não foi tão sutil como no passado.

Maria Callas Painting, Portrait, Oil, Canvas, 30x40cm, 2012

Cantou em público pela última vez a 11 de Novembro de 1974 no Japão.

Maria Callas no Japão em seu último concerto com som original.
Suicídio, La Gioconda


Onassis, então casado com Mrs. Kennedy, tem sérios problemas de saúde e vem a falecer. Callas começa agora um período de claustro e, isolada do mundo, passa a viver na Avenue Georges Mandel, em Paris, com a companhia da governanta, Bruna, e do motorista, Ferruccio. Uma possível volta é ensaiada e entusiasmada pelo cineasta Franco Zefirelli, mas Callas não tem mais a segurança do passado. Faltava vontade. Tenta realmente outras funções, como professora, diretora artística, mestre de coral, mas nada lhe satisfazia. Não sabia sequer como deslocar um coro. Começa a impor exigências absurdas para que aconteçam as apresentações. Essa é agora sua maneira de dizer não, exigindo o impossível. Uma gravação da Traviata, com o tenor em ascensão Luciano Pavarotti é estudada, mas o projeto logo é abandonado por Maria. Amigos ainda a visitam com frequência. Giulini (maestro), o crítico John Ardoin, mas Callas ja está "morta" há muito tempo, e em 16 de setembro de 1977, ela simplesmente deixa de existir, pouco antes de completar 54 anos, no seu apartamento em Paris em decorrência de um ataque cardíaco.

Suas cinzas são jogadas no Mar Egeu, como era de sua vontade.

Túmulo de Maria Callas



Vida pessoal

Maria Callas foi a mais controversa e possivelmente a mais dedicada intérprete lírica. Com uma voz de considerável alcance, Callas encantou nos teatros mundiais de maior destaque. Esta intérprete, senhora de raros dotes vocais e interpretativos, revolucionou o mundo da Ópera, trazendo-a novamente às origens. Para Maria Callas a expressão vocal era primordial, em detrimento dos exageros vocais injustificados - tudo na Ópera tem que fazer sentido visando a dar ao público algo que o mova, algo credível.

Esta foi a mais destacada e famosa cantora lírica, e fez jus à sua fama, pois interpretou várias dezenas de Óperas de diversíssimos estilos. Callas perpetuou-se em papéis como Medea, Norma, Tosca, Violetta, Lucia, Gioconda, Amina, entre outros, continuando, nestes papéis, a não existir nenhuma artista que lhe faça sombra.
Um dos aspectos que certamente contribuiu para a lenda que se formou em torno de Maria Callas diz respeito a sua conturbada vida pessoal. Dona de um temperamento forte, que parecia o correlato perfeito para a intensa carga dramática com que costumava abordar suas personagens no palco (veja abaixo), tornou-se famosa por indispor-se com maestros e colegas em nome de suas crenças estéticas.

Em 1958, após, doente, ter abandonado uma récita de Norma na Ópera de Roma, foi fortemente atacada pela imprensa italiana, que julgou que a soprano queria ofender o presidente italiano, presente na plateia. O escândalo comprometeu sua carreira na Itália e, no mesmo ano, ela entrou em disputa com Antonio Ghiringhelli, dirigente do La Scala, que não mais a queria no teatro. Somente voltou a apresentar-se no La Scala em 1960, na ópera Poliuto de Donizetti; ainda em 1958, foi sumariamente demitida do Metropolitan por Rudolf Bing, que desejava que ela alternasse apresentações de La Traviata e Macbeth, óperas de Verdi com exigências vocais muito distintas para a soprano. À exigência de Bing, Callas celebremente respondeu que sua voz não era um elevador.

Em 1959, rompeu um casamento de dez anos com seu empresário, G. B. Meneghini, muito mais velho do que ela. Manteve, em seguida, uma tórrida relação com o milionário grego Aristoteles Onassis, com quem não foi feliz e que rendeu variado material para tablóides sensacionalistas.

Trabalhava intensamente e em mais de uma ocasião subiu aos palcos contra a recomendação de seus médicos. Com um forte resfriado, escapou em 2 de janeiro de 1958 da Ópera de Roma pela porta dos fundos após um primeiro ato sofrível de Norma, de Bellini, em uma récita prestigiada pelo então presidente da Itália, Giovanni Gronchi, o que gerou o escândalo acima referido. Em 29 de maio de 1965, ao concluir a primeira cena do segundo ato de Norma, Callas desfaleceu e a apresentação foi interrompida. Depois disso, ela só cantaria em ópera mais uma vez, numa última apresentação de Tosca no Covent Garden de Londres, ao lado de Tito Gobbi.

Poucos sopranos podem rivalizar com Callas no que diz respeito à capacidade de despertar reações intensas entre seus admiradores e detratores. Elevada à categoria de "mito" e conhecida mesmo fora do círculo de amantes de ópera, ela criou em torno de si uma legião de entusiastas capazes de defender a todo custo os méritos da cantora. Apesar da mútua amizade, as disputas entre seus fãs e os de Renata Tebaldi tornaram-se célebres, chegando mesmo em alguns casos às vias de fato.

Características

Callas possuía uma voz poderosa possuía amplitude fora do comum. Isto permitia à cantora abordar papéis desde o alcance do mezzo-soprano até o do soprano coloratura. Com domínio perfeito das técnicas do canto lírico, possuía um repertório incrivelmente versátil, que incluía obras do bel canto (Lucia di Lammermoor, Anna Bolena, Norma), de Verdi (Un ballo in maschera, Macbeth, (La Traviata) e do verismo italiano (Tosca), e até mesmo Wagner (Tristan und Isolde, Die Walküre).

Apesar destas características, Callas entrou para a história da ópera por suas inigualáveis habilidades cênicas. Levando à perfeição a habilidade de alterar a "cor" da voz com o objetivo de expressar emoções, e explorando cada oportunidade de representar no palco as minúcias psicológicas de suas personagens, Callas mostrou que era possível imprimir dramaticidade mesmo em papéis que exigiam grande virtuosismo vocal por parte do intérprete - o que usualmente significava, entre as grandes divas da época, privilegiar o canto em detrimento da cena.

Muitos consideram que seu estilo de interpretação imprimiu uma revolução sem precedentes na ópera. Segundo este ponto de vista, Callas seria tributária da importância que assumiram contemporaneamente os aspectos cênicos das montagens. Em particular, é claramente perceptível desde a segunda metade do século XX uma tendência entre os cantores em favor da valorização de sua formação dramatúrgica e de sua figura cênica - que se traduz, por exemplo, na constante preocupação em manter a forma física. Em última análise, esta tendência foi responsável pelo surgimento de toda uma geração de sopranos que, graças às suas habilidades de palco, poderiam ser considerados legítimos herdeiros de Callas, tais como Joan Sutherland ou Renata Scotto.


Em Portugal

Maria Callas cantou no Teatro Nacional de São Carlos em 27 de Março de 1958 a ópera La Traviata, com cenários de Alfredo Furiga.

Dois meses antes de vir a Lisboa, a soprano causara escândalo ao abandonar em Roma uma récita da "Norma" no primeiro acto.

O tenor Alfredo Kraus interpretou o principal papel masculino.


Cinema


"Callas Forever"Callas Forever é um filme França-Itália de 2002 sobre a história da cantora lírica Maria Callas, dirigido por Franco Zeffirelli.


Sinopse

Aos 53 anos Maria Callas (Fanny Ardant) vive reclusa em seu apartamento, em nada lembrando a grande cantora que encantou público e crítica no passado. Após grande insistência, seu amigo Larry Kelly (Jeremy Irons) consegue vê-la. Achando-a muito abatida, Larry faz a Callas um convite inusitado: que seja a estrela de um especial para a TV, interpretando uma de suas famosas peças. Por causa do desgaste de sua voz atual Larry quer que Callas seja dublada no especial, o que faz com a cantora revisite sua carreira em busca do trabalho ideal para seu retorno.


Callas Forever - (Trailer)

Elenco

Fanny Ardant .... Maria Callas
Jeremy Irons .... Larry Kelly
Joan Plowright .... Sarah Keller
Jay Rodan .... Michael
Gabriel Garko .... Marco
Manuel de Blas .... Esteban Gomez
Justino Díaz .... Scarpia
Jean Dalric .... Gérard
Stephen Billington .... Brendan
Anna Lelio .... Bruna
Alessandro Bertolucci .... Marcello
Olivier Galfione .... Thierry
Roberto Sanchez .... Escamillo
Achille Brugnini .... Ferruccio

Prêmios

Prêmio Goya

Recebeu uma indicação, na categoria de Melhor Figurino.


Fonte de pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Callas

Renata Tebaldi

Renata Tebaldi (Pesaro, 1 de fevereiro de 1922 — São Marinho, 19 de dezembro de 2004) foi uma soprano lírico spinto italiana, considerada uma das grandes da ópera italiana e uma das melhores sopranos de todos os tempos.

Juventude e anos iniciais da carreira

Renata Tebaldi, com a tenra idade de três anos, sofreu de poliomielite, mas conseguiu curar-se completamente. Ela foi criada, durante a maior parte do tempo, em Langhirano, próximo a Parma, pela sua mãe, já que o seu pai não era exactamente um esposo exemplar e um pai admirável. Ainda muito cedo, interessou-se pelo canto, e precisou mentir sua idade, ainda de dezesseis anos, para entrar no Conservatório Arrigo Boito, que só permitia alunas acima dos dezoito anos. Em 1940, Tebaldi voltou a Pesaro para estudar com a renomada soprano da Escola Verista Carmen Melis.

Renata Tebaldi 

Em 1944, Tebaldi debutou em Rovigo como Elena, em Mefistofele, de Arrigo Boito. Em 1945, ela debutou em dois dos seus maiores papéis: Mimì, de La Bohème, e Desdêmona, de Otello. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o Teatro alla Scala foi reaberto, e ela foi convidada por Arturo Toscanini para cantar no concerto de abertura a preghiera (pregação) de Mosè in Egitto, de Gioacchino Rossini, e o Te Deum, de Giuseppe Verdi. A reputação de Renata Tebaldi cresceu rapidamente, e logo ela se tornou a maior promessa do canto na Itália. Foi nessa ocasião que surgiu o famoso apelido La Voce d'Angelo (a voz de anjo), pelo qual Tebaldi se tornou conhecida até hoje.

 Renata Tebaldi  interpreta Desdêmona

Após esse debute no La Scala, Tebaldi passou a cantar Mimì, Desdêmona, Maddalena (de Andrea Chénier), Aida, Tosca e Violetta (de La Traviata), além de alguns papéis wagnerianos (em italiano): Elsa, de Lohengrin, Eva, de Os Mestres Cantores de Nuremberg e Elisabeth, de Tannhäuser. Entre 1951 e 1952, Tebaldi também resgastou algumas óperas do Bel Canto, embora ela não fosse ficar muito associada a esse repertório futuramente: O Sítio de Corinto e Guillaume Tell, ambas de Rossini; Olimpia e Fernand Cortez, de Spontini.

Em 1950, Tebaldi viajou com a companhia do La Scala para cantar no Festival de Edimburgo e no famoso Covent Garden, em Londres, e impressionou as platéias com sua Desdêmona e sua interpretação no Requiem de Giuseppe Verdi. No mesmo ano, Tebaldi teve grande sucesso com seu debute norte-americano em San Francisco, onde cantou Desdêmona e Aida. A partir de então, sua fama internacional alastrou-se rapidamente, e ela se tornou uma das maiores divas da nova geração.

Os anos de estrelato

O apogeu da carreira de Tebaldi se deu nos anos 1950 e 60. Nesse período, não só ela ficou famosa pelo seu timbre único e pela sua maestria nos papéis verdianos e veristas, como ficou conhecida pela rivalidade existente entre ela e Callas. Esta irrompeu, em 1951, durante a temporada do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e continuou por longos anos, até terminar definitivamente em 1968, quando Callas e Tebaldi se abraçaram após uma performance da diva italiana na ópera Adriana Lecouvreur.

Renata Tebaldi 

Durante seu período de estrelato, Tebaldi reinou em papéis como Leonora (La Forza del Destino), Cio-Cio-San (Madama Butterfly), Adriana Lecouvreur, Tosca, La Wally, Manon Lescaut e Maddalena (Andrea Chénier). Em janeiro de 1955, ela fez seu debute no Metropolitan Opera, de Nova York, como Desdêmona, e desde então se tornou uma das mais ouvidas e amadas sopranos do teatro.

Em 1963, Renata Tebaldi enfrentou um período de crise vocal, e parou durante um tempo para descansar e reeducar novamente sua voz. Voltando em 1964, Tebaldi apareceu com uma voz mais segura e de grande beleza, embora tenha adquirido um relativo peso, que antes não existia e os seus agudos tenham adquirido uma qualidade relativamente estridente. No entanto, continuou a cantar, com maestria total, muitos de seus papéis anteriores. Devido às suas novas condições vocais, ela pôde adicionar ao seu repertório o dramático papel de La Gioconda, da ópera homônima de Amilcare Ponchielli, com o qual obteve o maior sucesso da temporada de abertura do novo prédio do Metropolitan Opera House. Nessa nova fase da carreira, Tebaldi praticamente abandonou a Europa e passou a apresentar-se basicamente na América do Norte.

Anos pós-estrelato

Renata Tebaldi fez sua última aparição no Metropolitan Opera em 1972, como Desdêmona, ao lado do tenor James MacCracken. Em 1973, ela saiu definitivamente dos palcos, mas continuou cantando até o dia 23 de maio de 1976, quando se despediu do La Scala para sempre. Após o fim da carreira, Tebaldi auxiliou vários cantores jovens, como a norte-americana Aprile Millo, mas se recusou a trabalhar oficialmente como professora de canto. Durante as últimas décadas de sua vida, viveu entre Milão e San Marino e continuou a receber e a responder com carinho cartas e telefonemas de seus fãs.

 
Renata Tebaldi "The willow song" Otello 
Berlin Opera. September 1, 1962

Tebaldi recebeu vários prêmios durante sua vida e morreu em 19 de dezembro de 2004.

Características vocais

Renata Tebaldi possuía uma belíssima voz de soprano lírico-spinto, uma das mais volumosas vozes dos últimos tempos - generosa no registro médio, e grave e curta, mas possante, no registro agudo. Apesar da amplidão da voz, sempre a moldava com extrema sensibilidade e técnica. Os maiores trunfos do canto da soprano italiana estavam no legato, na respiração e no fraseado. Com essas grandes qualidades, Tebaldi conseguia imprimir grande expressividade às suas personagens, embora, no palco, nem sempre fosse a mais intensa das artistas quanto aos gestos e às expressões faciais. Sua arte era extremamente refinada e vinda diretamente das escolas de canto mais antigas, das quais ela foi uma das últimas representantes. Seu legado foi particularmente importante nas óperas de Giacomo Puccini e Giuseppe Verdi.

Artigo publicado pelo site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Renata_Tebaldi